16 Março 2021
Conheça os seus clientes como nunca com a Internet of Behaviours
Sabia que o conceito de IoT (Internet of Things) tem mais de vinte anos? Surpreendido? Apesar de só mais recentemente termos começado a disseminar o termo, a sua utilização foi proposta em 1999 por Kevin Ashton em Massachussets com o propósito de descrever a ideia de conectar objectos à internet. Com os avanços da tecnologia, e com os processos de Transformação Digital a mudarem de forma profunda o modo como interagimos, o conceito tomou conta de muitas linhas nos media e generalizou-se.
A IoT nasceu a partir da crença de que através dos dados recolhidos pela tecnologia seria possível antecipar movimentos e comportamentos e com isso otimizar e economizar recursos energéticos e naturais. Nos últimos cinco anos, o número de dispositivos IoT duplicou e fazem parte do nosso quotidiano em coisas tão simples como o relógio fitness que traz consigo e que o monitoriza 24/7 ou os aparelhos electrónicos que tem em sua casa ligados à internet. Apesar de não ter perdido o seu propósito inicial, quando a IoT passou a estar nos dispositivos que usamos diariamente e a recolher informação sobre as nossas acções, interesses e preferências, deixou de ter tanto a ver com as “coisas” e passou a estar muito mais relacionado com os comportamentos, e é assim que nasce o conceito de IoB (Internet of Behaviours).
A IoB é uma combinação de três factores: tecnologia, análise de dados e ciência comportamental, sendo que esta última engloba todas as emoções, decisões e argumentos que nos movem. À medida que o IoT entrou nas nossas vidas e permitiu que as organizações soubessem mais sobre os seus consumidores deu-lhes também a capacidade de influenciarem os seus comportamentos. O IoB veio permitir às organizações compreender os dados numa perspectiva mais humana com o objectivo de melhorarem a experiência do consumidor e em última análise, claro, vender mais.
Na verdade, a ideia de analisar os comportamentos dos consumidores não é nova já que desde sempre as empresas fizeram pesquisas sobre hábitos de consumo, o que é de facto diferente e inovador é que agora dispõem de um ecossistema de processos automáticos que lhes permitem acompanhar, recolher e de alguma forma interpretar a vastidão de dados que são produzidos diariamente através das nossas actividades na Internet.
E é aqui que reside o grande desafio das empresas atualmente. Como? Como podem as empresas olhar para estes dados de uma forma holística que lhes permita efectivamente entender os seus consumidores? A resposta é: através de processos de Location Intelligence.
A localização assume aqui um papel central na medida em que ao colocarem os seus dados sobre um mapa, as empresas podem perguntar e obter respostas imediatas sobre: Onde estão os meus clientes? Como se caracterizam, seja em género ou idade? Quais as suas preferências de consumo? Será que preferem comprar online ou a maioria ainda prefere ir a uma loja? Qual a loja mais perto do público-alvo que pretendo atingir com as minhas campanhas de marketing? Será que existem zonas com padrões de consumo? E pelo que serão motivados estes padrões? Quem são as pessoas que entram nas minhas lojas? E quem será que por elas passa?
São infinitas as perguntas que podemos fazer e para todas a Geografia terá uma resposta que por ser visual e intuitiva permite aos gestores tomar decisões mais conscientes de uma forma mais eficaz e mais eficiente.
A Internet of Behaviours é por si só uma importante fonte de informação, mas aliado à Localização torna-se uma poderosa ferramenta de marketing e vendas que permite às organizações conhecer de uma forma intensiva e única os seus clientes e assim planear, operacionalizar e monitorizar campanhas que efectivamente retornam valor para o seu negócio.